Os desafios que as fintechs devem enfrentar em termos de Contabilidade

As fintechs não são uma empresa qualquer e, por conta disso, possuem demandas e obrigações contábeis específicas, necessárias para o tipo e a natureza de suas atividades.
Por serem startups financeiras baseadas em tecnologia, há a necessidade de estarem inseridas em um arcabouço regulatório próprio.
No entanto, por ainda ser um mercado que está em fase de formação e construção, todos os players envolvidos - autoridades monetárias e fiscais, legisladores e representantes das próprias empresas -, normas e regulamentos ainda estão sendo elaboradas e aperfeiçoadas.
Quais seriam, portanto, os desafios que as fintechs devem enfrentar em termos de Contabilidade? É o que nós vamos ver neste artigo! Continue com a gente!
Desafios que as fintechs enfrentam em sua Contabilidade
Todo esse cenário ainda “não definitivo” em termos de regulamentação impõe às fintechs, por vezes, dificuldades em sua gestão contábil.
Com isso, a elaboração de relatórios e outros documentos demandam atenção plena, a fim de garantir que o espelhamento da realidade financeira junto ao Fisco aconteça de maneira fidedigna e a entrega das informações requeridas seja feita de forma clara e transparente.
Nesse sentido, existe uma série de desafios contábeis que devem ser bem compreendidos, para que sejam melhor enfrentados e não tragam problemas junto às autoridades ou outros agentes do mercado.
Entre os principais, merecem destaque:
1) Eficiência no Compliance fiscal e tributário
A busca da fintech para estar em conformidade com as normas e regulamentos existentes no seu mercado requer manter seus processos internos bem definidos e organizados (o que podemos chamar de Compliance), diminuindo os riscos fiscais e tributários inerentes às suas atividades.
Para que isso seja possível, o Compliance deve se apoiar em alguns pilares importantes para manter a Contabilidade em dia:
Escolha do regime tributário mais adequado na criação da fintech.
Flexibilidade para alterar o regime quando necessário.
Planejamento tributário contínuo.
Automação de processos.
Centralização de dados.
Conferência eletrônica de documentos e obrigações.
2) Uso da tecnologia para a alocação de registros
A escrituração contábil que a Receita Federal exige de qualquer empresa que atua no mercado financeiro impõe regras claras para todos os tipos de lançamentos, tais como receitas, despesas, repasses juros e encargos, além de outras modalidades de operações não ligadas diretamente à atividade operacional, como folha de pagamento.
No caso das fintechs, o uso de ferramentas tecnológicas especialmente desenvolvidas para esse fim pode simplificar o processo, tornando todo o processo de escrituração menos desafiador.
Além de realizarem a centralização do fluxo de dados, os resultados e relatórios gerenciais podem ser apresentados em diferentes linguagens, atendendo às exigências tanto da área financeira quanto da contábil e permitindo que as informações cheguem a todos os públicos de interesse: autoridades fiscais, investidores, mercado e os diferentes departamentos internos.
3) Cuidados redobrados na prestação de contas
Todo empreendedor conhece as dificuldades na captação de recursos externos. Os investidores que injetam recursos próprios em uma fintech esperam receber periodicamente relatórios financeiros e contábeis com informações consistentes e claras.
Assim, os documentos devem conter dados precisos sobre as diferentes operações realizadas, bem como sobre o consolidado final, a fim de manter o valuation em alta.
Não há margem para o empreendedor apresentar registros duplicados, cruzamentos de informações que não sejam coerentes e números finais que não sejam fiéis à realidade da condição financeira da fintech.
Da mesma forma, os relatórios devem primar pela clareza, para que o acompanhamento e compreensão dos dados demonstrados sejam facilmente assimilados.
Trata-se de um grande desafio, uma vez que a Contabilidade das fintechs e sua gestão financeira são elementos complexos, que envolvem lançamentos de naturezas variadas e que podem ser originadas a partir de diferentes ferramentas digitais.
Isso exige que o trabalho de backoffice rode de maneira integrada, convergindo o fluxo de informações que dão sustentação a toda a documentação seja convergente em uma única direção.
Somente a partir daí, será possível aos responsáveis pela Contabilidade estabelecerem linhas de segmentação e personalização, podendo apresentar a prestação de contas de uma maneira geral e em números individualizados e cruzados, dando ênfase às informações que sejam de maior interesse por parte dos investidores.
4) Escolha do regime tributário mais vantajoso
Ao se analisar qual é o regime tributário que permitirá o recolhimento de menos impostos, olhar apenas para as menores alíquotas não é suficiente.
Tomando como exemplo uma Empresa Simples de Crédito (ESC). Normalmente, o Simples Nacional tende a ser opção do empreendedor, por apresentar uma alíquota reduzida. Porém, o cálculo dos tributos é feito sobre a receita bruta da fintech.
O Lucro Real, por sua vez, os percentuais são maiores, mas calculados apenas sobre o lucro líquido. Já no caso do Lucro Presumido, a burocracia é menor do que no Lucro Real, e as alíquotas incidem apenas sobre parte do faturamento.
Apesar desta explicação simplificada, uma vez que existem outros fatores a serem levados em consideração, fica clara a importância de contar com o apoio de profissionais experientes de Contabilidade para analisar os diferentes cenários possíveis e, assim, escolher o regime tributário que seja mais atrativo e vantajoso para a fintech.
Entre esses fatores, além da óbvia busca por economia, estão as facilidades em termos de burocracia, que reduzem a carga de trabalho destinada à tarefa, e os benefícios fiscais que cada regime proporciona.
Ter o suporte de uma assessoria de Contabilidade especializada
Os desafios que as fintechs enfrentam em termos de Contabilidade não se resumem ao pagamento dos impostos dentro dos prazos e no envio correto de relatórios e outras declarações aos diferentes públicos de interesse.
É importante estar atento a todas as condições técnicas e de trabalho que irão permitir que as escriturações contábil, tributária e fiscal contenham exatidão, clareza e transparência, garantindo que os objetivos que estão por trás desses documentos sejam alcançados.
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