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O que são NFTs? E como eles podem impactar o seu negócio?




Apesar de já não serem novidade na ocasião, foi em 2021 que os negócios envolvendo NFTs experimentaram um grande e vertiginoso impulso. Os non-fungible tokens (tokens não fungíveis, numa tradução livre a partir do inglês), que surgiram quatro anos antes nos Estados Unidos, deixaram de ser tendência para se tornar realidade.


No ano passado, segundo a consultoria norte-americana DappRadar, especializada nessa modalidade de investimento digital, o mercado internacional de NFTs movimentou US$ 23 bilhões, muito mais do que os “míseros” US$ 100 milhões registrados em 2020.


Mas você sabe exatamente o que são NFTs? Quais são os conceitos que estão por trás desse fenômeno que ganha cada vez mais corpo no universo virtual? Que tipo de negócios são possíveis de serem realizados?


Se o assunto te interessa, então este conteúdo foi feito para você! Vamos entender a natureza e a dimensão desse movimento que vem provocando uma revolução em diversos mercados digitais (como o de artes, música, obras audiovisuais, esportes e games, entre outros) e que começa a se estender também ao mundo físico.


Pronto para mergulhar nesse universo? Então, vamos lá!


A pergunta que não quer calar: o que são NFTs?


Para entender melhor o que são non-fungible tokens, é preciso interpretar os dois termos separadamente e depois juntar os resultados.


Não fungíveis são ativos únicos e exclusivos, que não podem ser trocados ou substituídos por algo semelhante, ou do mesmo tipo.


Por exemplo: uma nota de 50 reais vale exatamente o mesmo que cinco cédulas de 10 reais. E este raciocínio também é válido para as criptomoedas (bitcoin, ethereum, litecoin etc.), que são mutuamente cambiáveis. Tratam-se de ativos fungíveis.


Uma casa, no entanto, é um bem não fungível, pois ela é diferente de qualquer outra casa em diversos aspectos (localização, tamanho, arquitetura etc.). Elas até podem ter o mesmo valor financeiro, mas são casas diferentes e, portanto, únicas.


Token, por sua vez, é um código numérico criptografado com registro de transferência digital, que assegura que um determinado arquivo digital é original, autêntico, único e exclusivo.


Para garantir sua inviolabilidade, os tokens são “guardados” em blockchains, a mesma tecnologia de armazenamento em nuvem relacionada às criptomoedas, tornando nula a possibilidade de serem modificados ou transferidos sem que haja o consentimento e autorização por parte do proprietário do ativo.


Montando o quebra-cabeça


Assim, ao reunirmos os dois significados do termo, temos que os NFTs são certificados de propriedade absolutamente invioláveis de um ativo digital, sobre o qual o mercado irá atribuir um valor.


Eles indicam que uma determinada obra (arte eletrônica, fotos, vídeos, músicas, documentos, games e seus diversos elementos virtuais, cards e colecionáveis em geral, GIFs, entre outras) pertence apenas e tão somente ao seu criador ou, eventualmente, a quem adquiriu o direito de posse.


Além disso, os NFTs atestam a autenticidade e a exclusividade daquele ativo digital, dando a ele um senso de escassez (só existe um original), fazendo com que suas cópias não tenham valor.


A analogia com o mundo físico é válida para que o conceito seja melhor assimilado. Por exemplo, existem milhões de reproduções da Mona Lisa espalhadas pelo mundo, que não possuem valor financeiro ou artístico.


No entanto, há apenas uma única obra original (NFT), que está exposta no Museu do Louvre em Paris (blockchain), estimada em US$ 2,5 bilhões (valor atribuído pelo mercado).

Ficou mais claro?


E quem pode criar um NFT?


Essa é fácil e talvez você se surpreenda num primeiro momento, mas verá que faz todo o sentido: qualquer pessoa ou empresa pode criar um arquivo digital e transformá-lo num ativo original, com autenticidade garantida por um token não fungível.


Isso é suficiente para que milhões de dólares entrem na conta? Claro que não! E as razões estão além do seu controle.


O NFT é um certificado que atesta a propriedade intelectual e a exclusividade do arquivo digital, garantindo que ele seja único e autêntico. Até aí, tudo bem! Certo?


No entanto, quem atribui valor à obra digital é o mercado, ou seja, as pessoas, empresas ou instituições que reconhecem nele as características artísticas, culturais ou de outra natureza que fazem dele um ativo singular e exclusivo.


Dessa forma, estabelecem o preço que estão dispostas a pagar como investimento. Pode ser zero ou uma quantia irrisória. Mas também podem destinar milhares ou até mesmo milhões de dólares ao seu criador e/ou proprietário.


E nem é preciso dizer que volatilidade é uma característica intrínseca desse mercado. O que vale muito hoje pode não valer nada amanhã. E vice-versa!


Uma estrela em ascensão


A importância dos tokens não fungíveis chegou a tal ponto que o prestigioso e influente Dicionário Collins elegeu “NFT” como sendo o “Verbete do Ano” em 2021.


De fato, algumas das transações ganharam notoriedade no ano que passou. Entre as dez operações mais caras envolvendo NFTs, destaque para a obra “Everydays: The First 5.000 Days”, que reúne em uma única imagem os primeiros cinco mil desenhos do artista digital Beeple, feitos diariamente desde 2007, e que foi leiloada sob a forma de NFT por US$ 69,3 milhões. Nada mal, não é mesmo?


Mas este é um caso excepcional. A verdade é que a maior parte dos NFTs, de acordo com a consultoria DappRadar, é comercializada entre US$ 100 e US$ 1 mil.


NFTs crescem no mundo…


Apesar de os NFTs terem uma vocação natural para as artes digitais e os games, diversas empresas, especialmente nos Estados Unidos e Europa, já perceberam o imenso potencial de marketing que está atrelado aos non-fungible tokens.


Empresas de segmentos distintos (como Nike, Coca-Cola, Budweiser, Microsoft, Nike, Marvel, Bacardi, Taco Bell, Campbell’s e Warner Bros, entre outras) já atuam na “tokenização” de alguns de seus ativos digitais.


O objetivo é utilizar os NFTs no lançamento de produtos exclusivos nos universos virtual e físico. Dessa forma, pretendem atingir em cheio os consumidores mais apaixonados de suas marcas e também atrair novos clientes.


… mas ainda dão os primeiros passos no Brasil


Como se trata de um mercado que, até mesmo lá fora, ainda está em fase de amadurecimento, é natural que os NFTs ainda sejam pouco explorados por aqui como alavanca de marketing das empresas.


Ainda assim, de acordo com uma pesquisa da Crypo.com, plataforma nacional especializada em NFTs, 12% dos investidores brasileiros afirmam já possuir tokens adquiridos no mercado internacional, enquanto 37% planejam investir em um ativo digital não fungível em 2022.


São percentuais até certo ponto surpreendentes, uma vez que ainda são poucas as ações colocadas em prática no país.


Alguns times de futebol (como Corinthians, Flamengo e São Paulo) planejam copiar as equipes da NBA (liga norte-americana de basquete) e emitir NFTs próprios em 2022, a fim de atrair novos recursos financeiros vindos de suas apaixonadas torcidas.


A ideia é lançar cards colecionáveis e figurinhas virtuais dos jogadores, entre outros temas relacionados aos clubes, que dão direito a prêmios exclusivos, como ingressos para as partidas e camisas oficiais autografadas.


Da mesma forma, figuras públicas começam a apostar nesse mercado. É o caso de um famoso youtuber, que lançou sob a forma de NFTs pacotes exclusivos de cards com a sua imagem em situações que fazem referência à cultura pop, tendo como alvo os milhões de seguidores do seu canal.


Além dos segmentos que mexem com a emoção dos compradores, o mercado imobiliário nacional também já vive uma experiência relacionada aos NFTs.


Um empreendimento na cidade de Sumaré (SP) teve o terreno fragmentado e cada fração de 1 m² foi “tokenizada” e comercializada a R$ 355. Após a conclusão das obras e entrega das residências, os investidores poderão leiloar seus tokens não fungíveis e angariar o lucro decorrente da incorporação.


Olhar atento às oportunidades


Como se vê, são iniciativas que estão surgindo pontualmente, mas que indicam uma tendência que pode ser seguida por qualquer empresa, mesmo de pequeno porte.

Cabe às companhias entender e descobrir quais são os ativos digitais que podem se transformar em um token não fungível atrativo, a fim de se beneficiar do grande potencial desse mercado.


De qualquer forma, os NFTs trazem em si um universo infinito de novas oportunidades. Saber reconhecê-las e lidar com elas é um grande desafio para todos, até mesmo para quem atua com Contabilidade Digital.


Afinal, todos os registros contábeis de cada transação envolvendo NFTs, bem como seu controle gerencial e financeiro, devem ser sempre precisos e feitos da maneira correta, atendendo a todas as exigências fiscais e tributárias da legislação.


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