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Como contratos de mútuo conversível podem impulsionar os negócios da sua startup



Imagine a seguinte situação: você tem uma ideia inovadora e apaixonante para uma startup. Seu produto ou serviço é promissor, e você está confiante que pode conquistar uma grande fatia do mercado.


No entanto, há um obstáculo que parece intransponível, mas que é bastante comum e tira o sono de qualquer empreendedor iniciante: a busca por financiamento.


Existem algumas soluções possíveis para esse problema. Mas uma, em especial, vem se tornando uma das favoritas entre fundadores e gestores de startups.


Trata-se de despertar o interesse dos chamados investidores-anjo, pessoas que buscam formas alternativas de aplicar seu dinheiro, acreditam no empreendedorismo voltado à inovação e estão dispostas a injetar em startups com potencial o capital que elas necessitam para decolar.


Mas o que é preciso fazer para chamar a atenção dos donos dos recursos financeiros em meio a um mar de startups que buscam se destacar?


A resposta pode estar nos contratos de mútuo conversível, e é sobre eles que nós vamos tratar neste artigo. Vem com a gente!


O que são contratos de mútuo conversível?


Os contratos de mútuo conversível, considerados como uma das chaves para atrair investidores-anjo, são uma espécie de acordo híbrido que combina empréstimo com investimento, em benefício da startup.


Em essência, um investidor-anjo empresta dinheiro para a startup. No entanto, em vez de ser pago de volta em dinheiro - corrigido com juros -, existe a opção de converter o montante aplicado em participação acionária do empreendimento.


O contrato de mútuo conversível estabelecido entre as partes garante ao investidor-anjo essa possibilidade.


Mas não apenas isso! Ele ganha tempo para verificar se a solução da startup é bem aceita pelo mercado, podendo acompanhar de perto os resultados alcançados, aspectos contábeis relevantes (como o seu valuation) e, assim, definir se vale a pena tornar-se sócio.


A startup, por sua vez, passa ter acesso aos recursos necessários para desenvolver e realizar melhorias em seu projeto, além de fazer testes até o lançamento da sua solução.


O poder dos contratos de mútuo conversível na atração dos investidores-anjo


Agora, vamos entrar na parte interessante: por que os contratos de mútuo conversível podem ser um importante aliado da startup na busca por investidores-anjo?


Existem algumas razões para isso, entre as quais:


1) Flexibilidade fala alto


Para muitos investidores-anjo, a flexibilidade nos negócios é crucial. Eles querem apoiar startups promissoras, mas também precisam proteger seus investimentos.


Os contratos de mútuo conversível oferecem essa flexibilidade, permitindo que o investidor converta a dívida do empreendedor em participação acionária, muitas vezes com um desconto ou valorização, o que incentiva a participação antecipada.


2) Riscos menores na avaliação inicial


Startups que estejam no estágio inicial podem enfrentar dificuldades na avaliação justa do valor da empresa.


Os contratos de mútuo conversível evitam essa questão, já que a conversão ocorre quando a próxima rodada de financiamento ocorre, possibilitando uma avaliação mais precisa da startup.


3) Foco na inovação, não na negociação


Negociações complexas podem desviar o foco da equipe empreendedora daquilo que realmente importa: fazer a startup crescer.


Os contratos de mútuo conversível simplificam esse processo, permitindo que as partes interessadas cheguem a um acordo mais rapidamente, impulsionando a startup nos negócios.


4) Atração de mais investimentos


Quando um investidor-anjo compromete-se com um contrato de mútuo conversível, isso sinaliza a outros investidores que sua startup é digna de atenção e que não existem problemas contábeis que impeçam a captação de novos recursos.


Esse voto de confiança pode desencadear um efeito dominó, atraindo mais investimentos e expandindo suas oportunidades de financiamento.


Mas como o contrato de mútuo conversível funciona na prática?


O contrato de mútuo conversível pode ser entendido como um mecanismo que torna a transação mais segura, especialmente para o empreendedor que busca impulsionar sua startup, mas que também oferece garantias interessantes ao investidor-anjo.


O contrato de mútuo reversível, além de estabelecer o montante do investimento, também define entre as partes o prazo em que o investidor terá o seu retorno e determina as condições em que esse pagamento será feito.


Normalmente, a escolha recai sobre duas alternativas:

  • receber o dinheiro de volta acrescido de juros, encerrando a parceria;

  • converter o montante financeiro aplicado inicialmente em ações da startup, o que, na prática, transforma o investidor-anjo em um sócio do empreendimento, tendo direito aos lucros futuros da operação.

É o desempenho da empresa ao longo do tempo de contrato de mútuo reversível que vai fazer com que o investidor-anjo defina se deseja permanecer atrelado ao negócio ou não.


Quais são os benefícios que o contrato de mútuo conversível proporciona?


O contrato de mútuo conversível é um instrumento jurídico que oferece vantagens tanto aos criadores das startups quanto aos investidores-anjo.


Nesse sentido, entre os benefícios existentes, vale a pena mencionar:


1) De olho no lucro


A partir do momento que a startup desenvolve sua capacidade de gerar lucros dentro ou acima do esperado, o contrato de mútuo conversível pode ser acionado para dar ao investidor-anjo uma participação societária no negócio.


2) Burocracia reduzida e resultados mais rápidos


Contratos de mútuo conversível são fáceis de serem redigidos, registrados e colocados em prática, com burocracia simples e fechamentos rápidos nas rodadas de negociação.


Além disso, os resultados tendem a chegar em menos tempo do que em outros tipos de investimento, como a Bolsa de Valores, o que é vantajoso para o investidor e para a startup.


3) Bom para ambos


O contrato de mútuo conversível dá ao criador da startup autonomia para conduzir os negócios, cabendo a ele as decisões e a gestão da empresa.


O investidor, por sua vez, aguarda os resultados de sua aplicação financeira, que pode vir sob a forma de participação acionária no empreendimento e participação nos lucros futuros.


O que deve constar no contrato de mútuo conversível?


Existem alguns elementos essenciais que devem estar presentes nos contratos de mútuo conversível. Confira!

  • Prazo de duração - define o tempo em que o investidor irá esperar para definir se quer converter sua aplicação em participação societária ou se deseja ter de volta seus recursos acrescidos de juros.

  • Taxa de conversão - o documento deve estabelecer qual é o percentual de participação que o investidor terá, caso opte por se tornar sócio da startup.

  • Direitos sobre ativos intangíveis - o contrato precisa definir se o direito de propriedade sobre ativos intangíveis (marcas, patentes, softwares etc.) pertence aos fundadores ou à sociedade eventualmente constituída.

  • Status dos sócios - informa qual é a remuneração dos sócios, o tempo mínimo de permanência de cada um na sociedade e as atividades que desempenham na startup.

  • Direitos do investidor - esta cláusula aborda elementos como não diluição das cotas, acesso às informações da startup e sua representação no conselho, entre outros.

É importante que todos os aspectos tratados no escopo do contrato de mútuo conversível sejam redigidos cuidadosamente, a fim de garantir que os objetivos da operação estejam bem definidos em termos jurídicos, bem como os direitos e deveres dos fundadores da startup e dos investidores-anjo envolvidos.


Para isso, é fundamental contar com o suporte de um escritório de Contabilidade especializado em negócios digitais, como é o caso da PJ Rocks, capacitado a dar o suporte à startup em todas as fases de sua vida, desde sua criação e captação de recursos, até a gestão financeira, tributária e contábil da sua operação, em linha com as melhores práticas de Contabilidade Consultiva.


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